sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Guitarra Stratocaster Jennifer (Anos 80)





Muitos falam mal demais dessa guitarra genuinamente brasileira dos anos 80, a Jennifer. Esse exemplar que consegui pra coleção, não me causou tanta reprovação assim, embora eu tenha que considerar alguns aspectos negativos: A construção é mediana, mas funcional. O hardware é bem fraquinho, com destaque para os captadores, que possuem pouca definição e brilho. Quanto à estética e design, se não é um primor de beleza, também não é tão feio assim, e tem até um certo charme. Algumas Jennifer são muito esquisitas e feias no seu design/projeto estético. O ponto positivo, inegavelmente, é o seu madeiramento: Provavelmente, o corpo é em cedro e braço em marfim. Enfim, mudando a captação, fazendo uma revisão geral da parte elétrica (com aterramento e blindagem), além de um ajuste no braço (me parece empenado), essa guitarra ficará funcional, e com certeza, dará pra fazer um som honesto e bonito com ela!!

sábado, 18 de novembro de 2017

Guitarra Dolphin Eagle (Anos 80 - Era Carlos Assale)



O engenheiro e músico, Carlos Assale (in memorian), foi responsável pela criação de uma marca de guitarra totalmente brasileira, nos anos 80 (começou mais precisamente, em 1984), e que rivalizou com as principais marcas nacionais daquela época, como a Giannini e a Golden: Nascia a Dolphin. Apresentando, como característica principal, modelos com design únicos (com exceção das stratocasters), a Dolphin foi bem aceita entre a maioria dos músicos, numa época em que importar guitarra, acessórios e equipamentos, era uma dificuldade muito grande. Devido à carência de se conseguir bons componentes para o hardware, a Dolphin de Carlos Assale, assim como a Giannini, não produziu nada de excepcional em termos de guitarras, mas apenas modelos honestos e bem funcionais, considerando as dificuldades do contexto oitentista. O logotipo da Dolphin é o mais bonito e estiloso que já vi. Tiveram muito bom gosto em criá-lo. Algumas Dolphins eram muito boas, embora a fábrica de Assale, apresentava a mesma dificuldade de sua concorrente Giannini, ou seja: A falta de um eficiente setor de controle de qualidade. O resultado era que encontrávamos boas Dolphins, mas também algumas com falhas de projeto e com hardware bem fraco, o que comprometia, obviamente, a eficiência do instrumento. Mas, no geral, podemos encontrar, ainda hoje, garimpando em sites de compra e venda, boas Dolphins, com destaque para as stratocasters, elogiadas por muitos músicos. Bem, falando propriamente da guitarra que me motivou a escrever esse artigo, eis que num belo dia, garimpando na internet, encontrei por um preço de barbada, essa linda Dolphin Eagle. O estado dela não está 100%, mas com bons ajustes e reparos, ficará bem bacana. O madeiramento é muito bom, e é um dos lados positivos das Dolphins. Essa Dolphin Eagle possui braço em puro marfim e corpo, provavelmente, em cedro. Ela precisa de reparos na parte elétrica (jack, potenciometros e botões seletores), ajuste na ponte (está bem desnivelada) e afinação das oitavas. Além, é claro, de um bom jogo novo de cordas. Posso dizer, que a primeira guitarra que toquei na minha vida, foi uma Dolphin (existia na igreja que congregava), e por isso, tenho um carinho muito grande por essa marca de guitarra nacional. Carlos Assale foi ousado e visionário, ao criar uma marca de guitarra com desgin únicos e boa tocabilidade, numa época muito difícil para tal empreendimento. A Dolphin, dessa época inesquecível, é uma boa guitarra, que recebendo alguns upgrades, se transforma numa guitarra de ótimo desempenho e com totais condições para shows profissionais. No início dos anos 90, Carlos Assale viu seu projeto ficar inviabilizado: O "Plano Collor" (que facilitou muito as importações), o obrigou a vender a fábrica, e hoje, o que temos são Dolphins chinesas genéricas. Mas a Dolphin genuinamente brasileira, continua sendo uma guitarra colecionável, um projeto inovador, ousado, honesto e eficiente, marcando de uma forma positiva, seu lugar na história das guitarras brasileiras.   

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Guitarra Ibanez RG e Jem: Uma história, uma paixão, um sonho e agora, uma realidade




Era adolescente no início dos anos 90, quando vi pela primeira vez, uma guitarra Ibanez Jem floral green. Até hoje, eu lembro do impacto causado nas minhas emoções de adolescente rockeiro, ao ver essa linda guitarra signature do renomado Steve Vai. Quem empunhava a menina, era o grande guitarrista da banda Yahoo, Sergio Knust, do qual sou fã do seu trabalho, até hoje. Outro grande guitarrista (já saudoso) que usava uma linda Ibanez, foi o Cezar da banda Catedral. Tratava-se de uma RG japonesa do modelo Pro Line. Uma Ibanez bem rara, considerando que nesses mais de 13 anos comprando e vendendo no Mercado Livre, só vi um modelo idêntico ao que ele usava, sendo vendido no referido site.  Depois, ele começou a usar duas lindas Ibanez Universe, com 7 cordas (também signature do Vai). Bem, e por que estou contando esse fato da minha adolescência? É porque nascia ali, uma paixão duradoura por guitarra Ibanez RG e Jem. Sim, aquele modelo com o clássico headstock pontudo, num design praticamente atemporal. Passou a ser um sonho ter uma Ibanez. O contexto, era bem mais favorável emocionalmente do que financeiramente (rsrsrsrs): Se vivia o auge das guitarras com ponte flutuante (floyd rose) e consequentemente, o auge das Ibanez RG. Me lembro que ficava sentando nos primeiros bancos da igreja, só para ver o líder do louvor tocar numa dessas Ibanez Rg. No caso, ele tinha aquele clássico modelo do Frank Gambale, do qual não me recordo as especificações agora. Mas eu ainda era muito jovem, e não tinha me estabilizado e nem me estruturado na vida. De qualquer maneira, a paixão permaneceu e o sonho também. Depois de 23 anos, em 2013, o meu sonho começou a se realizar: Comprei no mercado livre uma linda Ibanez RG 550 japonesa de 1990. No entanto, já vivia minha conversão às guitarras de ponte fixa, e logo, logo, me desfiz dela, e passei a esperar o momento certo de comprar uma RG de ponte fixa, algo não muito fácil de conseguir. Sim, a maioria das Ibanez, são dotadas de ponte flutuante. Depois que passaram a ser fabricadas na Coreia, ainda nos anos 90, é que surgiram as primeiras RGs com ponte fixa. E são essas que começaram a abrilhantar a minha coleção. Tenho três coreanas e duas da Indonesia. E são ótimas guitarras. Sim, ao vê-las na minha coleção, penso que tudo acontece no devido tempo e que Deus é bom, e nos visita com sua graciosa bondade!